Há vinte anos (1989), o Brasil vivia sua primeira eleição direta para presidente em 29 anos. Com 21 candidatos, o pleito refletia sobretudo o descontetamento com o então presidente José sarney e a expectativa de que o próximo, escolhido pelo povo, marcasse uma nova página na história do Brasil.
Os finalistas naquele ano: Fernando Collor de Mello, que se dizia “caçador de marajás”, e Luiz Inácio Lula da Silva, adorado pelo povão e intelectuais de esquerda, temido pela classe média conservadora.
Collor foi vencedor graças a golpes baixos seus e da Rede Globo contra o sindicalista apelidado de “sapo barbudo”. O povo pensava que Collor era a mudança, mas não demorou a perceber a ilusão. Collor sai de cena em 1992.
Em 2002, em uma nova esperança de mudança, Lula é enfim reeleito. Não tem mais a aparência do sapo barbudo, está mais light em suas posições políticas, mas sua história de vida seria o suficiente para vencer o pouco carismático José Serra.
Os anos passam, o governo Lula acumula escândalos (mensalão como o maior deles), e o presidente diz não saber de nada. Antigos inimigos políticos se tornam aliados incondicionais, tudo pela manutenção de ambos no poder.
E eis que, vinte anos depois, Lula e Collor, antes adnversários, agora são aliados. E o ex-presidente ainda recebeu eleogios do mesmo Lula que foi passado para trás em 1989.
Pragmatismo demais ou pouca vergonha na cara mesmo, jogando no lixo a própria trajetória política e social da qual Lula tanto se orgulha? Fico com esta última hipótese.
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