sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Campanha da discórdia

Uma campanha publicitária educativa contra a Aids está dando o que falar em todo o mundo – especialmente na Alemanha.

A cena é mal iluminada e o telespectador não consegue distinguir o homem e a mulher que obviamente estão em atividade sexual. Finalmente, o rosto do homem entra em foco. Nada menos do que Adolf Hitler. E aparecem os dizeres: "A Aids é um genocida."

http://mais.uol.com.br/view/f4d5g8hwtbxo/hitler-e-saddam-hussein-protagonizam-campanha-contra-aids-04023766E0A12366?types=A&

Com o intuito de “chocar” e chamar atenção para a doença, a organização humanitária alemã "Regenbogen" (que significa Arco iris) promove campanha onde são usados genocidas famosos da história -incluindo Hitler, Josef Stalin e Saddam Hussein- para ressaltar questões em torno do vírus, também tida como um dos mais efcazes genocidas da história.

Lidar com a imagem de Hitler constitui um tabu, principalmente na Alemanha, que carrega desde o fim da Segunda guerra o peso histórico de ter sido o palco para o surgimento do nazismo e de pagar o preço por isso. Falta de informação sobre como prevenir a doença e, simplesmente, mau gosto, são algumas das obejões sobre o vídeo.

Entretanto, os produtores da campanha não compreendem por que tanta confusão. Eles veem o fato da campanha ter atraído tanta atenção e dos vídeos estarem sendo assistidos milhares de vezes no YouTube como sinal de que seu plano está funcionando.

Há uma máxima no meio publicitário que diz: “Não existe publicidade ruim”. Claro que tal afirmação é perfeitamente quiestionável, no mínimo. O vídeo, de fato é de mau gosto. Neste caso vale uma outra máxima, esta já mais abrangente, clara e sensata: “Fins não justificam os meios”.

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