quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Rádios comunitárias, uma forma de democratizar a comunicação

Até ano passado, pouco sabia a respeito de rádios comunitárias. Para mim, emissoras de rádio eram apenas as comerciais já conhecidas do dial paulistano. Mas com o tempo, percebi que a questão era bem mais complexa. E vi o tamanho da importância que uma rádio tem em uma comunidade, quando realmente voltado para esta.





Tive essa prova em uma visita que fiz à Rádio Heliópolis, primeira emissora comuntária da cidade de São Paulo a obter aturoização para funcionar. Aliás, essa conquista veio após uma grande mobilização da comunidade, especialmente depois de a rádio ter sido fechada de maneira truculenta pela policia em meados de 2006.




Até estranhei quando entrei na rádio e não precisei me identificar, nem nada. Tudo bem, várias pessoas na comunidade, para o caso de eu me perder no caminho, já sabiam que eu iria para lá. Mas o entra-e-sai de pessoas da rádio é constante, seja para pedir sua música favorita, anunciar algum assunto pertinente, deixar donativos para famílias carentes da comunidade, ou simplesmente conversar com o pessoal que toca a emissora. Uma relação que se retroalimenta, de extrema importância para ambos os lados. A coordenadora da rádio, Claudia Neves, que é locutora da rádio, expôs as dificuldades e conquistas que a comunidade e a emissora tiveram. A entrevista - que também poderá ser lida no jornal Contraponto (jornal laboratório do curso de Jornalismo da PUC-SP) - estará na integra no próximo post.





No final acabei até mesmo sendo entrevistado em pleno ar pelo Zenildo Ribeiro, outro locutor da rádio (foto logo acima), a exemplo da minha amiga, Simone Freire, que estava comigo fazendo a matéria sobre a emissora e a comunidade. De entrevistadores passamos para o outro lado por alguns minutos.

A experiência é riquissima e essencial para entneder o papel e a importância que uma emissora de rádio comunitária tem para uma determinada localidade. Infelizmente não é todo mundo que entende isso, pensando que essas diversas emissoras comunitárias que brigam para ter um espaço no dial de São Paulo são chamadas de piratas, por ainda não terem a autorização para funcionar. Nada como uma imersão em uma rádio desse tipo para desfazer os preconceitos plantados por aí.

Abaixo seguem algumas fotos da rádio e da comunidade:









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