Líderes europeus se reuniram aos 4h45 da manhã na península Westerplatte, em Gdansk (Polônia), para marcar o exato momento em que o encouraçado alemão Schleswig-Holstein, no tiro de início da guerra, atingiu um pequeno posto militar polonês que abrigava arsenal da Marinha polonesa.
A cerimônia reuniu tanto representantes de países aliados no conflito como inimigos. A intenção era de sublinhar a necessidade de relembrar o mais sangrento conflito do século 20 para não repeti-lo no futuro.
O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, alertou sobre os perigos de se esquecer as lições da guerra. "Nos reunimos hoje aqui para lembrar quem começou a guerra, quem era o culpado, quem era o carrasco da guerra, e quem eram as vítimas dessa agressão", afirmou. “Sem essa memória --memória honesta sobre a verdade, sobre as fontes da Segunda Guerra -- a Polônia, a Europa e o mundo não estarão seguros.", completou o líder polonês.
Polêmicas históricas
A ocasião também serviu para que governantes procurassem resolver desavenças diplomáticas e mágoas históricas mútuas. É o caso de poloneses e russos. O premiê polonês e seu colega russo, Vladimir Putin, insistiram na importância de resolver os problemas que ainda existem na interpretação de sua história comum, para "caminhar juntos em direção à verdade" e estabelecer relações "baseadas no pragmatismo".
A Rússia e seus ex-aliados do Leste Europeu estão em atrito por causa do papel exercido em 1939 pelo então ditador soviético Josef Stalin, cujo acordo com a Alemanha nazista permitiu a invasão da Polônia e o início da guerra. Enquanto os russos se orgulham profundamente da sua vitória sobre as forças de Adolf Hitler em 1945, os poloneses, bálticos e outros dizem que Stálin também foi diretamente responsável pelo início da guerra, ao dividir a Polônia com Hitler e anexar os países bálticos.
Mesmo assim, o premiê russo disse que o pacto de não-agressão entre Hitler e Stalin, em 1939, não é o único responsável por a Alemanha ter invadido a Polônia. Ele voltou a criticar os pactos de não-agressão firmados por diversos países com a Alemanha nazista, entre 1934 e 1939, e pediu que sejam condenados de forma clara.
Alemanha se desculpa
A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que seu país causou “sofrimento interminável” no mundo ao começar a Segunda Guerra Mundial.
Ao mesmo tempo, Merkel também recordou o papel dos alemães que foram expulsos da Europa Central e Oriental na construção da República Federal Alemã (RFA, Alemanha Ocidental) do pós-guerra. "Também queremos recordá-los", disse.
Os horrores cometidos pelos nazistas ofuscaram durante muito tempo o sofrimento da população alemã ao fim da guerra.
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