Em matéria publicada no domingo, o jornal O Estado de S.Paulo revela que 10.216 pessoas já morreram no Rio de Janeiro em confrontos com a polícia desde 1998, quando a corporação do estado começou a usar a expressão “auto de resistência” para designar oficialmente tais casos. A média é de 2,4 mortos por dia nessas condições, números dignos de conflitos armados pelo mundo. A matéria pode ser lida aqui.
A visita do relator da ONU ocorreu em 2007, mas a matéria com o resultado do levantamento no Rio mostra que pouco mudou desde então.
É preciso ponderar que, na verdade, não são raras as situações nas quais forças policiais precisam de fato utilizar a força (letal, se preciso) em resposta a ações hostis de bandidos. Infelizmente, a ferramenta jurídica que deveria proteger o agente policial (e, de certa forma, a própria população) acaba servindo para acobertar e deixar impunes casos de abuso de autoridade, erros da polícia, agentes que pertencem a esquadrões da morte ou milícias, entre outros.
No próximo post deste blog será possível ver como um livro conseguiu dar à expressão “auto de resistência” um outro significado, o da luta contra a dor, contra a violência e contra a impunidade. Não apenas para o Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil.
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