segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Polícia descarta grupo de extermínio em AL

Trinta e seis mortos só neste ano. Essa é a situação dos moradores de rua em Alagoas, especialmente na região da capital, Maceió. Como se já não bastasse a miséria de não viver sob um teto, eles ainda precisam se preocupar com a onda de assassinatos. O medo é tão grande que alguns já procuram dormir em árvores para tentar se proteger de possíveis ataques.


A Polícia Civil e a Força Nacional de Segurança entregaram hoje um relatório sobre o resultado das investigações das mortes. Dos 36 óbitos, somente um não foi classificado como homicídio. Mas descartaram a existência de grupos de extermínio atuando contra os moradores de rua. A conclusão é de que as mortes estão relacionadas ao tráfico de drogas.

Já o secretário estadual de Defesa Social, Paulo Rubin, que também descartou a existência de grupos de extermínio em Alagoas, soltou uma verdadeira “pérola”, ao afirmar que a onda de mortes entre os moradores de rua são “criminosos se matando”.

Ao contrário do secretário, outros grupos que acompanham os casos – como o Ministério Público, OAB, entre outros – não descartam a atuação de grupos de extermínio e pressionam o governo a investigar as mortes.

No último dia 12, o secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, disse que o histórico dos assassinatos apontava para a existência de grupos de extermínio.

Apesar de a própria Força Nacional descartar a hipótese de grupo de extermínio, é no mínimo improvável que tão alto número de homicídios de moradores de rua em tão pouco tempo tenha o vício em drogas como motivo. Parece mais fácil acreditar em Papai Noel ou no Coelho da Páscoa.

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