O caso da morte de Isabella Nardoni, de apenas 5 anos, levanta uma importante discussão sobre a cobertura da imprensa: como ela deve cobrir casos que tenham cunho policial?
Em matéria do Comunique-se de 3 de abril, a chamada era a seguinte: "Isabella Nardoni: como escapar de uma nova Escola Base". Este caso, ocorrido em 1994, consistiu em acusações inverídicas feitas pela Polícia Civil, e embarcada pela mídia, de que quatro sócias da Escola de Educação Infantil Base, em São Paulo, estariam abusando sexualmente das crianças. É considerado um dos maiores crimes cometidos pela mídia no Brasil.
Uma série de elementos devem ser levados em conjunto nesses casos. A vítima é uma criança, o que desperta e muito a sensibilidade das pessoas. Na ânsia de se achar logo um culpado - e também o furo do dia - conclusões precipitadas podem ser tomadas. E elas podem alterar significativamente o rumo de toda uma vida. E, claro, nunca se pode descartar uma pessoa que, visando exposição e notoriedade na mídia, distorça os fatos a seu favor.
É de suma importância que os jornalistas hoje debruçados sobre o caso tenham em mente a série de fatores envolvidos no caso. E, especialmente, ter respeito pela pessoa, seja ela no final das contas culpada ou inocente - e, segundo a própria lei brasieira defende, inocente até que se prove o contrário.
Ou seja, lembem-se da Escola Base.
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