Ser morador de rua em Alagoas é, definitivamente, uma situação de risco. Como se já não bastasse a condição degradante de vida que levam, independente do motivo, ainda correm o risco de serem assassinados. O problema, que foi recorrente durante todo o ano de 2010, persiste em 2011.
Só no ano passado 36 moradores de rua foram assassinados no Estado – a maioria deles na capital, Maceió. E nas três primeiras semanas de janeiro foram outras quatro mortes, elevando o total de vítimas para 40.
A retomada da onda de assassinatos pode reforçar a suspeita da existência de um grupo de extermínio agindo no Estado. Uma investigação da Polícia Civil de Alagoas em conjunto com a Força Nacional de Segurança, no entanto, concluiu que as mortes ocorridas em 2010 tiveram como motivo as brigas entre os próprios moradores de rua por causa de drogas, em especial o crack.
A dependência química é de fato um problema entre os moradores de rua de Alagoas – 83% das vítimas tinham algum tipo de vício. Mas é no mínimo ingênuo acreditar que esta seja a explicação para todos os assassinatos.
Enquanto entidades de direitos humanos cobram uma posição das autoridades a respeito do assunto, os moradores de rua de Alagoas tentam se proteger como podem. Alguns chegam a procurar “abrigo” na copa das árvores na tentativa de não serem os próximos a engrossar a lista de vítimas.
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