quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Franco da Rocha mostra que há pouco a comemorar

Definitivamente, o começo de 2011 não está sendo dos melhores para Franco da Rocha. A cidade, localizada na região metropolitana de São Paulo, além de ter sofrido com as chuvas do mês de janeiro, é apontada por ranking elaborado pelo jornal Folha de S.Paulo como a mais violenta do Estado. Foram 21,28 assassinatos para cada 100 mil habitantes.


Alguns pontos que favorecem a cidade a ter esse nada honroso título: é uma cidade dormitório, próxima da capital, pobre (tem o 335º IDH do Estado) e concentra vários presídios (abriga 4.177 detentos, conforme a Secretaria da Administração Penitenciária).

A notícia sobre Franco da Rocha serve de contraponto aos dados divulgados nesta semana pelo governo de SP sobre a queda nas taxas de homicídio no Estado em 2010, com média de 10,48 mortes para cada 100 mil habitantes, contra 10,96 em 2009. Chama a atenção também a presença de Diadema, também na Grande SP, com 20,98 mortes em 2010, entre as dez cidades mais violentas. Seria um aumento sazonal ou o modelo de redução da criminalidade adotado pela cidade, considerado modelo internacional, já dá sinais de esgotamento?

Exemplos como os de Franco da Rocha e outras cidades revelam que na verdade há pouca coisa a ser comemorada no momento. Apesar da média de homicídios no Estado de SP estar abaixo da média nacional, ainda é considerada  "zona epidêmica de homicídios" pela taxa ainda estar abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), abaixo de dez. E mostram que o combate à violência, na verdade, uma eterna batalha que não admite recuos ou falhas.

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