sexta-feira, 25 de março de 2011

Grupos de extermínio: o tamanho do problema em SP

Poucos dias após a absolvição de dois policiais militares acusados de integrar grupo de extermínio na Grande Sâo Paulo, um relatório da Polícia Civil paulista traz uma dimensão maior do problema.


Segundo o documento, divulgado hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, 150 pessoas foram mortas pela ação de tais organizações entre 2006 e 2010. Das vítimas, 61% não tinham antecedentes criminais. Outras 54 pessoas foram feridas em atentados em que PMs são suspeitos – 69% sem passagem pela polícia.

Ainda sobre as mortes, aponta o relatório, destacam-se o “motivo” da maioria dos assassinatos: 39% deles não tinham razão aparente, 20% foram por vingança e outros 13% foram resultado de abuso de autoridade.

Os números dizem por si. O governo estadual pode até celebrar a redução na taxa de homicídios em relação ao registrado há dez anos atrás. Mas o fato é que certos elementos da polícia matam – e muito – pessoas inocentes. E por causa de tais indivíduos, a confiança em uma instituição que deveria proteger o cidadão fica seriamente abalada.

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