Poucos dias após a absolvição de dois policiais militares acusados de integrar grupo de extermínio na Grande Sâo Paulo, um relatório da Polícia Civil paulista traz uma dimensão maior do problema.
Segundo o documento, divulgado hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, 150 pessoas foram mortas pela ação de tais organizações entre 2006 e 2010. Das vítimas, 61% não tinham antecedentes criminais. Outras 54 pessoas foram feridas em atentados em que PMs são suspeitos – 69% sem passagem pela polícia.
Ainda sobre as mortes, aponta o relatório, destacam-se o “motivo” da maioria dos assassinatos: 39% deles não tinham razão aparente, 20% foram por vingança e outros 13% foram resultado de abuso de autoridade.
Os números dizem por si. O governo estadual pode até celebrar a redução na taxa de homicídios em relação ao registrado há dez anos atrás. Mas o fato é que certos elementos da polícia matam – e muito – pessoas inocentes. E por causa de tais indivíduos, a confiança em uma instituição que deveria proteger o cidadão fica seriamente abalada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário