Uma reportagem publicada hoje pelo jornal “O Estado de S.Paulo” traz um relato daqueles que ajudam a responder à pergunta do post anterior: por que a população brasileira confia pouco na polícia?. Uma testemunha presenciou a execução de uma pessoa em um cemitério de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP) e teve o sangue frio de fazer a denúncia em tempo real ao 190, telefone do Centro de Operações da Polícia Militar.
O crime ocorreu em março deste ano. A testemunha, além de denunciar o crime, teve a coragem de usar a própria ligação ao 190 para se defender do PM autor da execução, que foi em sua direção após notar a presença dela no local. Segundo a reportagem, o oficial queria “levá-la à delegacia”, oferta negada pela denunciante.
Os policiais militares acusados de execução registram um boletim de ocorrência de roubo seguido de resistência e morte. Alegavam que o homem morto havia resistido à prisão. Mas a iniciativa da testemunha fez a versão dos policiais cair por terra. Dois PMs estão detidos no presídio Romão Gomes, na capital paulista.
Mais uma mancha da reputação de uma instituição que, segundo levantamento divulgado no fim de março pelo Ipea, goza de pouca confiança junto à sociedade.
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