http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u407508.shtml
No dia seguinte, o secretário de segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, confirmou a participação de policiais militares entre os torturadores, conforme a matéria cujo link segue abaixo. A favela onde os jornalistas investigavam denúncias e controlada por milícias, que são formadas em grande parte por policiais civis e militares.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/06/01/ult23u2449.jhtm
Infelizmente, esta e uma situação a qual todos aqueles que lidam com a violência urbana estão sujeitos, sejam eles jornalistas ou não. Não dá para neste momento ter uma postura corportativista e só de indignar porque são jornalistas. Não deve ser exagero nenhum imaginar quantos outros já teriam sido torturados - e que alguns talvez tenham tido a mesma "sorte" que Tim Lopes, jornalista torturado e morto enquanto investigava uma denúncia de exploração de menores em um balie funk promovido por traficantes em uma favela do Rio em 2002. Alias, em 02/06 o crime completa seis anos.
O que deve ser feito é cobrar e lutar por uma nova metalidade que rompa o círculo vicioso criado pelas máximas de "só se combate violência botando a polícia na rua e os bandidos na cadeia". Os policiais não têm, na real, boas condições materiais e psicológicas para atuar em defesa da sociedade, mas também ofendê-los chamando-os de "coxinhas" e "passa-fome" não ajuda em nada. Como um policial defende uma sociedade se um não confia no outro? Os que têm a "mente mais fraca"acabam como bandidos, formando as milícias que torturaram os jornalistas no Rio.
Nem os bandidos têm um tratamento de correção e reintegração decente. São todos tratados da mesma forma, independente do delito cometido, o que segrega ainda mais os indivíduos que por n motivos acabaram no mundo do crime, sem dar a eles uma segunda chance. Logo, as cadeias viram verdadeiras faculdades de graduação e pós no crime organizado - muito bem organizado, por sinal.
Quando a sociedade deixar de ser hipócrita e resolver reciclar o "lixo" que ela própria produz com sua arrogância e individualismo, daí ela entrará em um caminho que a levará a uma reslução mais saudável desse problema. Enquanto isso, se ela não quiser se dar a este trabalho, ainda pode-se esconder atrás dos muros de suas casas. Aliás, quem é que realmente está em uma prisão??
"Estamos em guerra", dizem os mais apressados. Até parece que atis pessoas realmente desejam que isso aconteça, seja na real ou ao menos no imaginário das pessoas.
Infelizmente todos acabam pagando pela omissão do poder público e pela manutenção de uma mentalidade que apenas reforça estereótipos.
Que conclusões podem ser tiradas de mais esse ataque
Aí temos mais uma prova do círculo vicioso criado pela omissão do poder publico, associada a medidas imediatistas e senso comum.
Tortura, milicias, ausência do Estado... poderia ficar aqui horas enumerando coisas para identificar