Se há bons exemplos na cobertura de casos de violência, os ruins infelizmente existem - e em fartura. Mais um exemplo que pode ser de um local distante, mas sendo a violência um problem nacionl, não pode em momento nenhum ser banalizada e/ou naturalizada.
O caso de hoje é o jornal Maskate, de Manaus (AM). A publicação tem uma linguagem que beira à esculhambação extrema (e de mau gosto) nos diversos assuntos que aborda, seja esporte, economia ou política. Mas as notícias policiais, inclusas em uma seção chamada "Boletim de Ocorrência", são um caso à parte.
Abaixo, um exemplo recente, que pode ser conferido no site do jornal: http://www.maskate.com.br/?pg=ver.impressa&id=774
Dias das Mes sangrento
De saco cheio de tanto ouvir de sua mulher, que só vivia bêbado, que era vagabundo e que não servia para nada, além de só fazer merda por aí, o desocupado Joaquim José Moraes Albuquerque, 38, refletiu bastante e resolveu tomar uma decisão drástica em sua vida: esfaqueou sua patroa para ela calar a boca e ele poder viver sua vida inútil sem ninguém pra aporrinhar o saco. Em pleno dias das Mães, Joaquim deu três facadas com a intenção de matar a dona de casa, Maria do Carmo da Silva Albuquerque, 25, que foi hospitalizada no João Lúcio. Ele foi preso na casa do casal, no bairro Nova Floresta, zona Leste.
Outro exemplo (inclusos os erros de português), que pode ser visto no mesmo link:
Iterceptado e detonado
Doido para cheirar uma deliciosa cola de sapateiro, um adolescente resolveu agredir e roubar a dona de casa, Rita de Almeida, 54, nas proximidades da Praça da Matriz, na manhã de ontem, mas acabou pegando porrada por um ano inteiro.
O desviado infante roubou a bolsa da senhora e fugiu. Ele não contava que dois filhos de sua vítima estavam vindo da direção para onde ele tentou fugir e ao passar pelos dois, foi logo pegando o dele. Os dois homens aplicaram uma seqüência animalesca de golpes que deixaram o moleque irreconhecível. Achando que seria salvo pela Polícia, um PM chegou no local e ficou até com pena do moleque dando somente uns bons tapas.
Definitivamente, não é preciso dizer muita coisa. Literalmente, neste caso, a desgraça alheia vira motivo de chacota. Maior banalização do que isso, difícil - não digo impossível, porque depois deste exemplo, pode-se esperar que outras bizarrices também existam por aí.
Um veículo como este não merece um pingo de credibilidade. Para dizer o mínimo.
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