Em 1948, foi aprovado pela Assembléia Geral da ONU aquele que é considerado por alguns o documento mais importante já escrito pelo homem: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Sua criação tornou possivel e palpável uma outra concepção de tratamento ao ser humano, que ainda sentia os traumas das atrocidades comentidas especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, encerrada tres anos antes.
Pela primeira vez, vários países do mundo se uniam em torno de um documento universal que estabelecia uma escala de valores a ser respeitada por todas as pessoas e todos os países do mundo. E cujo primeiro artigo ditava: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade".
Infelizmente, ainda é grande a discrepância entre teoria e realidade. Apesar do documento, não faltaram atrocidades nos últimos 60 anos. Para citar apenas dois exemplos, ambos genocídos cometidos pós-1945: a Guerra na Bósnia, com o massacre de Srebrenica, e o genocídio em Ruanda. Na atual década ainda, sob o pretexto de “combate ao terrorismo”, o conceito de Direitos Humanos mais uma vez foi colocado em planos inferiores.
Mas são inegáveis os avanços que a Declaração trouxe. Amparo jurídico, social, medidas concebidas a partir do documento existem aos montes pelo mundo afora. Falta ainda, é claro, a plena aplicação desses preceitos. Mas uma coisa é certa: se a situaçaõ dos Direitos Humanos não é das melhores hoje no mundo, sem a Declaração Universal ela seria muito pior.
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