Demorou, mas enfim um representante da alta cúpula da Igreja Católica, no Vaticano, se pronunciou a respeito da polêmica sobre o aborto da menina de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto. E a resposta, felizmente, é contrária a atitude de Dom José Cardoso Sobrinho, arecebispo de Olinda e Recife (PE), que ordenou a excomunhão da mãe da menina e dos médicos que fizeram o aborto.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/ansa/2009/03/14/ult6817u2001.jhtm
Em artigo publicdo no jornal L'Osservatore Romano com data de hoje (15/03), o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Salvatore Rino Fisichella, declarou. “"Antes de pensar em excomunhões seria necessário e urgente salvaguardar sua vida inocente, devolvendo a ela um nível de humanidade".
No mesmo artigo, Fisichella continua, dizendo que a menina brasileira "deveria ter sido defendida antes de tudo", mas "não foi feito isto, lamentavelmente, prejudicando a credibilidade de nossas instruções que, para muitos, parecem marcadas por insensibilidade, incompreensão e falta de misericórdia".
O artigo pode ser acessado em sua versão original por meio deste link, em PDF:
http://www.vatican.va/news_services/or/or_quo/062q01.pdf
Enfim, uma dose de bom senso partindo da Igreja Católica em relação ao caso. Antes tarde do que nunca. Católicos de todo o mundo devem agradecem pela manifestação, que mostra uma instituição mais atenta aos problemas e dilemas vividos atualmente.
Só uma pergunta que não quer calar: o verdadeiro algoz, o padrasto da menina, não terá nenhum tipo de punição por parte da Justiça ou da Igreja?
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