Dizer que a crise econômica que atinge o mundo em cheio desde setembro de 2008 é “uma marolinha” como disse Lula quanto ao Brasil, é chover em terreno mais do que encharcado. Mas, mais uma prova de sua gravidade é esta matéria de hoje da Agência Brasil (destacada pelo UOL), que trata da situação dos catadores de materiais recicláveis pelo país. Eles reclamam da queda dos ganhos, do aumento de serviço e da prorrogação da jornada de trabalho.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/03/23/ult5772u3333.jhtm
O preço do plástico das garrafas pet, das latinhas de cerveja e refrigerante encontradas no chão ou do papelão que servirá para novas embalagens caiu junto com o valor fixado no mercado internacional para as commodities como derivados de petróleo, alumínio e celulose. Misturado a formação de cartel formado pelas empresas que compram esse material e à exploração feita pelos atravessadores, os catadores sentem com mais força os efeitos da crise.
Ao ver essa notícia, pensei: será que o lado oposto da economia, o mercado de luxo, já não foi afetado pela crise? Em geral esse setor passa ao largo das turbulências globais, mas a atual crise não encontra paralelos nas últimas décadas - não é exagero dizer que ela pode até superar, pelo menos a médio prazo, a crise de 1929.
Como estaria então o movimento na famosa Daslu, a botique símbolo do luxo e que, vizinha de uma favela, expressa uma verdadeira síntese da desiguladade brasileira. Logo deve pintar alguma coisa na mídia, por mais que a Daslu e seu glamour ainda consigam enfeitiçar parte da mídia brasileira. Duvido que o império Daslu passe ileso pela crise. É só esperar para ver
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