O caso da brasileira Paula Oliveira, que disse ter sido vítima de skinheads na Suíça, que pregavam ideias xenófobas, mostrou-se uma farsa. Mas esse tipo de manifestação contra estrangeiros é, na verdade, uma realidade no continente.
Com o advento da crise econômica global, intensificam-se no mundo todo ações que afetam especialmente os imigrantes pelo mundo afora. O Japão, por exemplo, oferece a dekásseguis brasileiros e peruanos um incentivo de U$$ 3 mil para retornarem a seus países de origem; já países da Europa endurecem suas leis de imigração, visando proteger os escassos empregos do país.
Mas na Europa também há o crescimento de um sentimento que começa a preocupar, a xenofobia. Reportagem do UOL Notícias trata desse tema.
A Suíça, país europeu que tem o maior percentual de imigrantes em sua população (25%), é uma das nações com leis de imigração mais rígidas. O Partido do Povo Suíço (SVP), ultradireitista, é quem governa o país, e aprovou leis que dificultam a concessão da nacionalidade suíça. Cresce também a xenofobia em países como Áustria, Dinamarca e Alemanha. Os turcos, bastante numerosos nesses três países, estão entre as comunidades mais atngidas pelas ações xenófobas.
A xenofobia, na verdade, não deixou de existir, mesmo nos momentos de bonança econômica. Mas a atual crise acaba trazendo terreno fértil para tais eventos ocorrerem, em certos casos respaldados pelas ideias de partidos de extrema-direita que conseguiram crescer no seio da crise. Enquanto o discurso dos governos, de um lado, enfatizam a cooperação internacional para combater a crise, do outro as atitudes por eles tomadas vão na direção contrária, promovendo o protecionismo e por vezes esbarrando em preceitos como a xenofobia.
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