Quando ouve-se falar da Somália atualmente, o assunto em geral é pirataria. Não a de produtos chineses que inundam as prateleiras de estabelecimentos de todo o mundo, mas pirataria parecida com a praticada no século XVII, onde os galeões carregados de metais preciosos eram cobiçados.
Sobre tal assunto, a matérai de João Paulo Charleaux no Estadão de hoje traz um lado bastante revelador da questão da pirataria somali - e que não lembro de ter visto em nenhum outro lugar da imprensa brasileira até então. O trecho segue abaixo, mas quem preferir pode também acessar o texto no portal do Estadão.
"De fato, a pirataria somali teve início com pequenas milícias marítimas armadas na região autônoma de Puntlândia, que pretendiam rechaçar a incursão de pesqueiros estrangeiros e de navios que faziam da costa somali destino de toneladas de lixo.
"Nossa pesca desapareceu completamente e não podemos mais pescar", disse um pirata que se identificou apenas como Daybad em entrevista à rede britânica BBC. "Pescaremos qualquer coisa que passe por nossos mares por que precisamos comer.""
Longe de querer defender a prática da pirataria, esse fato revelado acima não deixa de ser revelador. Uma verdadeira relação de causa e efeito.
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