A agência estatal italiana Ansa traz despacho que noticia a prisão de um dos líderes da Camorra, a máfia napolitana.
O fato é com certeza algo a ser comemorado. Afinal, um chefão do crime está atrás das grades. O problema é que este é somente UM deles.
Apesar de não ser tão conhecida quanto à Cosa Nostra, a máfia siciliana, a Camorra consegue ser tão ou mais perigosa que a organização da Sicília. Descentralizada, ela não tem um chefe supremo como a Cosa Nostra, mas sim dividida em vários clãs, o que torna muito mais difícil a adoção de qualquer tipo de luta contra o criem organizado. Não é porque um chefe foi preso que a organização ficará acéfala ou com vazio de poder. A Camorra tem cérebros e mão-de-obra de sobra para manter o seu poder.
O livro “Gomorra”, de Roberto Saviano, conta detalhes dessa complexa e poderosa organização criminosa. Já nas primeiras páginas, a extensão dos tentáculos da Camorra já assusta. Por exemplo, segundo a publicação, a Camorra controla mercados como o das grandes grifes italianas, um dos principais cartazes que a Itália exibe ao mundo. Sem contar o contrabando de cigarros, tráfico de drogas e controle sobre a produção de cimento da região do sul da Itália. O livro também ganhou sua versão para o cinema, onde foi comparado por alguns com o brasileiro “Cidade de Deus”.
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